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quarta-feira, 9 de novembro de 2011

CARTA Á DESGRAÇADA DITADURA MILITAR NO BRASIL

Eu pensei que já tinha esquecido você. Fiz o possível e o impossível para não mais lembrar o mal que fizeste a mim, meu pai, meus familiares. Infelizmente hoje o estigma surgiu mais uma vez. Hoje lembrei de você e confesso que doeu. Aliás, continua doendo...
Lembro que viajei muito. Visitei povos de vários lugares pregando a resistência contra você e me sentia fortalecido. Quase todos eram solidários com minha bandeira e com meus sofrimentos internos. Apenas aqueles e que ainda persistem nas suas raízes, apenas aqueles amantes da sua forma de destruição, de torturas e atrocidades te deram razão.
Afastei-me dos seus amantes( ainda que próximos de mim) e dos seus admiradores. Confesso que sentia nojo quando eles se aproximavam de mim. Sua lembrança, ainda que nojenta, chegava forte, maltratando sempre a minha alma ferida.
Para tentar esquecer você, tornei-me mentalmente e com todo respeito um "negro" quebrando cipós no peito nas noites frias de fuga em busca da liberdade e...foram tantos "cipós" que ainda hoje carrego sequelas no corpo e na alma.
Lembrando Martin Luther King, "eu tenho um sonho", eu ainda posso sonhar. Guardo comigo e compartilho com todos os povos e principalmente com os pobres e excluídos. Eu ainda tenho um sonho que você e nenhuma ditadura vai conseguir tomar de mim, do povo, dos meus companheiros: O sonho da liberdade!


Autor: Walter Teófilo Rocha Garrocho(Téo Garrocho). Membro correspondente da Academia de Letras de Teófilo Otoni-MG. Texto dedicado ao companheiro Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente do povo.

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