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terça-feira, 2 de julho de 2013

PETELECO, UM MILITANTE TRISTE EM TEÓFILO OTONI

Peteleco, bom amigo e companheiro de militância política, escreve a este mancebo em seu auto exílio político e social. Peteleco enviou-me carta registrada com A.R lambuzada de cola pelas abas. Penso que Peteleco ainda sofre com uma tal mania de perseguição. Mania esta que já observei ser muito comum em ex. militantes do passado que lutaram contra a repressão, ou seja, a ditadura militar no Brasil. A questão científica ou psicológica deixo para os entendidos em psicologia que provavelmente haverão de concordar com este velho mancebo.
Na carta ou missiva, Peteleco diz "que mandou registada e com A.R para ter certeza que recebi e estou vivo". Segundo ele, "já correu boato que morri lá pelas bandas do Araguaia em confronto com tropas do exército ou que no mínimo morri louco internado nos manicômios da pacata Barbacena dos Bias e Andradas". Pelo jeito dos boatos, é bem provável que eu também tenha colocado fogo em Brasília, aliás, em Roma. Ô língua meu Deus!!!
Peteleco milita há vários anos na região dos Vales do Mucuri e Jequitinhonha. Vaidoso, ele se considera um militante de bastidores ou militante de "surdina", segundo ele. Uma espécie de come quieto ao estilo mineiro  parecido com um tal companheiro Zezão que conheceu e conhece das longas reuniões do seu partido . Concordo plenamente com Peteleco, pois conheci um outro militante que até levava pão com mortadela para passar o dia todo escutando aquele blá blá blá que todo mundo já sabia de cor. Interessante que as decisões sempre eram tomadas pela mesa diretora, aliás "os mesmos de sempre", ou, "de cima para baixo", isto sem falar nas boletas que tinham que ser pagas. Com raríssimas exceções, "um bando de pavão e muita vaidade".
Um amigo meu que já beira os setenta anos, tipo Caetano, diz sempre que "Deus não dá asa a cobra" e com Zezão, o amigo de Peteleco, não foi diferente. Peteleco conta para mim na carta: "Olha Téo, cê acredita que Zezão chegou ao ponto de sonhar em sentar naquela primeira cadeira do palácio?", mas ai, segundo Peteleco, "ele quebrou o telhado de vidro e com licença da palavra, "cagou no prato que comeu".
Peteleco ainda mora em Teófilo Otoni. Na carta ele diz que "anda meio triste e cabisbaixo". Os rumos da política local mudaram e segundo ele, "a gente não se dá muito com o atual prefeito". É bem provável que esteja acontecendo o que Peteleco sente. Conheci um cidadão numa outra cidade por aquelas bandas que dizia detestar o partido de Peteleco que já dominava o controle municipal da política local. Ele sempre me dizia que " um dia nós vamos varrer estas pragas que infestaram as repartições e gabinetes da prefeitura municipal, principalmente as pragas que vieram de fora mamar nas tetas do erário público". O sujeito tinha raiva até do padre que apoiava o partido de Peteleco e seus companheiros. Cruz credo, cruz credo!!!
Aqui no meu auto exílio político e social, costumo ficar embaixo (em cima do muro, nunca) do meu pé de pitanga para fazer reflexão sobre o "caminhar da vida". Ouço o cantar de muitos passarinhos como Tico-Tico, canarinho da terra, coleirinha e sabiá laranjeira. É um cantar mais suave que nunca vai se igualar ao cantar de um certo político daquelas bandas do nordeste mineiro cheio de mágoas na alma e de um ego tão vaidoso ao ponto de dar inveja a Narciso da mitologia grega.. Assim, pensando bem, vou responder a carta do companheiro peteleco. Sem muito delonga vou direto ao assunto. A exemplo do meu amigo mangabeira, "meu negócio é na lata". Olha Peteleco, arruma a casa, manda "as pragas" pros quintos do inferno ou cidades próximas de onde nunca deveriam ter saído, valoriza os aguerridos companheiros da terra e toma benção e conselhos do velho padre que ainda acredita em vocês. Quem sabe assim, você aprende a fazer política. Quem avisa amigo é...
E agora, se me dá licença, vou saborear minhas pitangas e tomar um vinho ao som do cantar livre da minha sabiá laranjeira. Saudações companheiro Peteleco!!!



Autor: Walter Teófilo Rocha Garrocho(Téo Garrocho)- Texto dedicado ao meu bom amigo e velho companheiro de militância política, Dr. Eustáquio Azevedo Rocha (Tute), um brilhante advogado de Araçuai-MG, em 02/07/2013, Barbacena-MG.

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