ADS 468x60

terça-feira, 30 de setembro de 2014

TEM ITAIPAVA AI EM TEÓFILO OTONI?

Eu sempre gostei de comerciais criativos na televisão e no rádio. Na década de 70, eu tinha um amigo meio maluco que, junto comigo, ficávamos escutando comerciais através do rádio e tome gargalhadas. Alguns fizeram história e ficaram gravados em nossa memória a exemplo daquele: " Quem bate? é o frio. Não adianta bater que eu não deixo você entrar...". Era o comercial das famosas Casas Pernambucanas. Quando a televisão chegou em Teófilo Otoni, eu ficava maravilhado com aquele comercial da antiga Casas da Banha, onde apareciam uns porcos dançando e cantando: "Vou dançar o tcha tcha tcha...Casa das Banhas...".
Para mim, o maior comunicador de rádio naquela época foi o Senhor Lourival Pechir. Eu conhecia muito o Lourival Pechir que era compadre dos meus pais. Era padrinho de batismo da minha irmã Márcia. Seus filhos foram e são meus amigos. Sei também que Lourival Pechir foi pioneiro do rádio em Teófilo Otoni. Se não me engano começou com serviço de alto falante e depois fundou a famosa Rádio Teófilo Otoni que hoje é comandada por Élbio Pechir e seus irmãos. O comercial que o senhor Lourival Pechir deixou marcado em minha memória foi aquele em que ele falava: "Fogos Caramurú, os únicos que não dão chabú"
Atualmente, existem grandes empresas de publicidade para criar todo tipo de propaganda. Publicam em jornais, televisão, rádio, internet e por ai vai. Algumas são horríveis e não chamam a atenção. Outras são super criativas e em apenas um minuto conseguem transmitir com eficiência o "peixe" que estão vendendo aos seus clientes, trazendo retorno aos empresários contratantes da publicidade, ou seja, satisfação e lucros financeiros que são objetivos do sistema capitalista.
Mas, voltando aos Fogos Caramurú, "Aqueles que não dão chabú". Eu lembro que minha avó tinha o costume de fazer fogueiras nas festa juninas e comprava muitas bombinhas, traks (isso mesmo?), caixinhas de fósforos tipo "chuvinhas de todas as cores", buscapé e rojão que naquela época eram chamados de " foguetes". Era um dia de Santo Antonio e minha avó ficava com uma bandeja cheia de copos com quentão, servindo aos da família e vistantes. Foi ai que entrei na história ao acender um "foguete" daqueles. Ao invés de apontar para o alto, apontei para a porta de entrada no momento em que minha avó saia com uma bandeja cheia de copos com quentão. Explodiu bem nos peitos da minha avó Verôncia. Foi uma correria, um "Deus nos acuda". Sobrou para mim uma surra de cipó e reflexão sobre o comercial do Lourival Pechir. O "foguete" era Caramurú e "não deu chabú". ou seja, não falhou. Que o diga minha pobre avó que ficou toda sapecada...
Outro dia vi um comercial na televisão que me chamou atenção. Um jovem na praia e perguntando aos vendedores se eles tinham cerveja Itaipava para vender.Corre daqui e dali como se a sola do seu pé estivesse queimando. Como a cerveja Itaipava havia sido muito vendida ( foi o que eu entendi), ele comprou outra e derramou nos seus pés, deixando até mesmo o vendedor de "boca aberta" e espantado com a reação do jovem que na certa só tomava e apreciava a excelente cerveja Itaipava.
Assim "nem que a vaca tussa", eu não deixo de apreciar a criatividade de muitos publicitários que com pequenas frases de efeito, conseguem transmitir mensagem de efeito positivo. Criatividade é mesmo um dom e há décadas atrás o Lourival Pechir já nos encantava com seu dom.


Autor: Walter Teófilo Rocha Garrocho(Téo Garrocho)- Texto dedicado ao meu grande e fraterno amigo Élbio Pechir, diretor da Rádio Teófilo Otoni. Texto escrito em Barbacena-MG, aos 30/09/2014.

0 comentários:

Postar um comentário