Segundo meus parentes e amigos, possuo boa memória. Penso que ter uma boa memória é gratificante , principalmente para pessoa como eu que adora história e contar os "causos" da vida. Gosto de escrever ao meu estilo simples onde retrato o cotidiano dos seres humanos. A grande e imortal poeta Cora Coralina, dizia que: "Ler é um ato de liberdade". Como fui e sempre serei um amante da liberdade, tenho o hábito de ler desde os meus velhos tempos de criança, graças ao meu pai Tim Garrocho, que comprava muitos jornais e após lê-los, deixava em cima dos nossos travesseiros para que pudéssemos ler. Assim, desde menino venho aprimorando minha, reconheço, limitada cultura.
Escrevo como um Lapidário lapidando pedra bruta. Aos poucos e com muita paciência, o Lapidário tem em mãos um linda pedra com facetas de um brilho forte que emociona a Todos. Mais ou Menos assim, com minha velha caneta, vou polindo um folha de papel qualquer com lembranças que estão sempre vivas na minha memória. Lembranças que fizeram história na minha querida terra natal, Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri em Minas Gerais.
Vez ou outra fico lembrando daquela multidão em dia de finados. Aquilo me impressionava. Pretos e brancos, pobres e ricos, cristãos, ateus e outras crenças, senhoras da sociedade e prostitutas da zona do Chico Sá, mendigos e ladrões, padres, pastores e outros missionários, velas para Deus e velas para o diabo, flores caras para os mais ricos e margaridinhas para os mais humildes, cachaça da boa nas barraquinhas e muito choro, muito lamento. Enfim, no LABORUM META só ficou a saudade. Lá pelas seis horas da noite, o portão era fechado e acredito que os espíritos ou almas daqueles que já partiram, finalmente teriam paz e descansariam após tanto barulho e "burburinho dos homens e mulheres que ainda estão por aqui.
Mas, vamos deixar os mortos em paz e vamos ao ao campo de futebol do América de Teófilo Otoni, onde acontecia um jogo pelo campeonato local entre o América e um time da Prefeitura com nome de Cruzeiro. No América, jogava um atacante muito baixinho que tinha o apelido de Paulinho "Pinico" e no tal Cruzeiro jogava um zagueiro conhecido pelo apelido de Tim "Sapo". Pois bem, o placar estava 0X0 e e no finalzinho do jogo, lançaram uma bola para o Paulinho "Pinico". O zagueiro Tim "sapo" que era e sempre foi um homem muito sério com seu vasto bigode, chegou protegendo a bola e dando as costas para Paulinho"Pinico" que sem muita cerimônia, enfiou o dedo no anus ( Cú) de Tim "Sapo" que perdeu o controle do corpo e da bola, fazendo com que Paulinho "Pinico" fizesse o gol da vitória do América.
Santo Deus, o tempo escureceu. Como um porco capado, Tim "Sapo" saiu correndo atrás de Paulinho "Pinico". Foi uma pancadaria que nem a policia entrou para apartar os envolvidos. A verdade é que Tim "Sapo" nunca mais voltou a jogar futebol. Diziam as más línguas que foi a partir daquele sururú que Paulinho "Pinico" passou a usar umas botinhas de salto alto para ficar maior e despistar Tim "Sapo" em Teófilo Otoni. Diziam ainda as más línguas que o humilde Tim "Sapo", quando questionado sobre o ocorrido, olhava para o firmamento e dizia: " O homem era baixinho, mas o dedão era bem grande". Mais tarde eu volto para contar mais causos" da nossa terrinha. Vou descansar meu dedão...
Autor Walter Teófilo Rocha Garrocho(Téo Garrocho)- Texto dedicado ao amigo radialista e excelente comentarista de futebol da Rádio Teófilo Otoni: Eduardo Pechir. Filho do saudoso senhor Lorival Pechir. Texto escrito em Barbacena-MG, aos 09/10/2014.
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